quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

HIV HOJE

O laço vermelho é visto como símbolo
de solidariedade na luta contra a AIDS.
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é uma velha conhecida DST (Doença Sexualmente Transmissível) que voltou a crescer no Brasil, cerca de 11%, entre os jovens de 15 a 24 anos e de cada 4 infectados, 1 não sabe.

Parada contra a AIDS.
Dentre esses jovens o grupo que mais cresceu proporcionalmente o número de infectados foi de jovens homossexuais masculinos. Os jovens gays fazem parte de um “grupo de risco” e negar isso é tampar o sol com a peneira, porém a AIDS afeta a todos desde bebês, mulheres, idosos, adolescentes, e pessoas de qualquer etnia e classe social. Houve uma mudança semântica quanto ao termo “grupo de risco” para “comportamento de risco” por razões éticas, para não estigmatizar este ou aquele grupo, e também para que as pessoas fora do grupo de risco mantenham-se cautelosas.

Todos nós temos comportamento de risco a partir do momento que temos relações sexuais desprotegidos.

Micrografia eletrônica de varredura,
em cor verde saindo de um linfócito
cultivado. 
Antigamente quando a biologia do vírus ainda não era conhecida e as possibilidades de tratamento eram limitadas muito se falava sobre AIDS principalmente nos anos 80 e 90. Hoje em dia pelo avanço dos tratamentos e as possibilidades maiores de cura ou uma melhor convivência com o vírus parou de se falar sobre o assunto.

Nos anos 80 o número de homossexuais afetados era tão grande que a doença ficou conhecida como “câncer gay”, batizado de GRID (Imunodeficiência Relacionada aos Gays). Nos anos seguintes, a doença se espalhou para heterossexuais e mulheres. Foi então que a doença ganhou o nome de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

É incrível como nos dias atuais com tanta informação as pessoas fiquem mais ignorantes a ponto de ativistas e radicais religiosos dizerem que a AIDS é um castigo divino a quem comete “atos sexuais vergonhosos”, ouvi isso essa semana. Claro que, o individuo que falou isso não deva saber que contraímos HIV também através de transfusões de sangue e até do leite materno de mães infectadas, será que quem precisou do sangue pecou por isso? E a criança paga pelo pecado dos pais?

Um estudo americano aponta que o aumento dos casos da doença em homossexuais não é um castigo, nem culpa da promiscuidade e muito menos um “câncer gay”, a causa disso é biológica. Sexo anal receptivo tem uma maior possibilidade de atrito, fricção e lesões, por isso, o perfil LGBT passivo é o tipo de comportamento com maior risco de contração quando esse é praticado sem camisinha ou gel.

Hoje em dia perdemos o medo da AIDS, visto a eficácia dos tratamentos antivirais e a mudança midiática dos soropositivos. Isso não significa que seja fácil conviver com o HIV, além do preconceito o tratamento é muito difícil e tem efeitos colaterais como ânsias de vômito, vertigens, sonolência, diabetes, alterações no colesterol, triglicérides e ósseas. Para minimizar esses efeitos colaterais e a transmissão do vírus o diagnóstico precoce é importantíssimo.

PEPs
A PEP (Profilaxia Pós-exposição Sexual) é mais uma arma na luta contra a AIDS. Criada pelo Ministério da Saúde é uma medida de prevenção que consiste no consumo de remédios até 72 horas após a relação sexual, quando ocorrer falha ou não uso da camisinha. Porém isso não pode ser confundido com uma pílula do dia seguinte, é uma droga que vai ser administrada durante 28 dias e que também causara efeitos colaterais.

"Use Camisinha"

Não curaremos as cicatrizes do preconceito negando o fato, mas se prevenindo, pra isso uso da camisinha, que é um dos melhores métodos na prevenção de DSTs, é imprescindível.

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