O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade na luta contra a AIDS. |
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é uma velha
conhecida DST (Doença Sexualmente Transmissível) que voltou a crescer no Brasil,
cerca de 11%, entre os jovens de 15 a 24 anos e de cada 4 infectados, 1 não
sabe.
Parada contra a AIDS. |
Dentre esses jovens o grupo que mais cresceu
proporcionalmente o número de infectados foi de jovens homossexuais masculinos.
Os jovens gays fazem parte de um “grupo de risco” e negar isso é tampar o sol
com a peneira, porém a AIDS afeta a todos desde bebês, mulheres, idosos,
adolescentes, e pessoas de qualquer etnia e classe social. Houve uma mudança
semântica quanto ao termo “grupo de risco” para “comportamento de risco” por razões éticas,
para não estigmatizar este ou aquele grupo, e também para que as pessoas fora
do grupo de risco mantenham-se
cautelosas.
Todos nós temos comportamento de risco a partir do momento
que temos relações sexuais desprotegidos.
Micrografia eletrônica de varredura, em cor verde saindo de um linfócito cultivado. |
Antigamente quando a biologia do vírus ainda não era
conhecida e as possibilidades de tratamento eram limitadas muito se falava
sobre AIDS principalmente nos anos 80 e 90. Hoje em dia pelo avanço dos
tratamentos e as possibilidades maiores de cura ou uma melhor convivência com o
vírus parou de se falar sobre o assunto.
Nos anos 80 o número de homossexuais afetados era tão grande
que a doença ficou conhecida como “câncer gay”, batizado de GRID
(Imunodeficiência Relacionada aos Gays). Nos anos seguintes, a doença se
espalhou para heterossexuais e mulheres. Foi então que a doença ganhou o nome
de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
É incrível como nos dias atuais com tanta informação as
pessoas fiquem mais ignorantes a ponto de ativistas e radicais religiosos
dizerem que a AIDS é um castigo divino a quem comete “atos sexuais
vergonhosos”, ouvi isso essa semana. Claro que, o individuo que falou isso não
deva saber que contraímos HIV também através de transfusões de sangue e até do
leite materno de mães infectadas, será que quem precisou do sangue pecou por
isso? E a criança paga pelo pecado dos pais?
Um estudo americano aponta que o aumento dos casos da doença
em homossexuais não é um castigo, nem culpa da promiscuidade e muito menos um
“câncer gay”, a causa disso é biológica. Sexo anal receptivo tem uma maior
possibilidade de atrito, fricção e lesões, por isso, o perfil LGBT passivo é o
tipo de comportamento com maior risco de contração quando esse é praticado sem
camisinha ou gel.
Hoje em dia perdemos o medo da AIDS, visto a eficácia dos
tratamentos antivirais e a mudança midiática dos soropositivos. Isso não
significa que seja fácil conviver com o HIV, além do preconceito o tratamento é
muito difícil e tem efeitos colaterais como ânsias de vômito, vertigens,
sonolência, diabetes, alterações no colesterol, triglicérides e ósseas. Para
minimizar esses efeitos colaterais e a transmissão do vírus o diagnóstico
precoce é importantíssimo.
PEPs |
A PEP (Profilaxia Pós-exposição Sexual) é mais uma arma na
luta contra a AIDS. Criada pelo Ministério da Saúde é uma medida de prevenção
que consiste no consumo de remédios até 72 horas após a relação sexual, quando
ocorrer falha ou não uso da camisinha. Porém isso não pode ser confundido com
uma pílula do dia seguinte, é uma droga que vai ser administrada durante 28
dias e que também causara efeitos colaterais.
"Use Camisinha" |
Não curaremos as cicatrizes do preconceito negando o fato,
mas se prevenindo, pra isso uso da camisinha, que é um dos melhores métodos na
prevenção de DSTs, é imprescindível.
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