Usando do exemplo mais clássico que se encontra sobre o tema resumirei o que foi o obscurantismo promovido pela Igreja Católica entre os séculos V e XV.
A Igreja Católica exerceu forte controle sobre a produção científica e cultural. Essa ligação da cultura medieval com o catolicismo faz com que os temas religiosos predominem nas artes plásticas, literatura, música e teatro. Em todas as áreas, muitas obras são anônimas ou coletivas. Mais do que isso as bíblias da época eram todas em latim, língua que apenas os clérigos sabiam, justamente para a livre interpretação das escrituras não fosse acessível ao povo.
Hoje em dia, formas de obscurantismo dentro da Igreja Católica ainda existem, podemos citar como exemplo, o pouco estimulo a leitura da bíblia e de estudos dos membros e a manipulação de matérias nas áreas das ciências da natureza nas universidades católicas, sem citar aqui a obscuridade deliberada.
Para resumir a história, o resulto de autoritarismo mais obscurantismo é igual à Inquisição Católica durante os séculos XII e XIII para preservar a disciplina eclesiástica internamente. Todo e qualquer que se "desviasse" do que o catolicismo pregava foram queimados vivos em lugares públicos para que servissem de exemplo.
Prova de que estavam errados vem a partir do pedido de perdão do Papa João Paulo II. Ele se desculpou pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor”.
Em nenhum momento quero criticar os dogmas e preceitos da Igreja Católica, apenas os meios empregados para fazer descer goela abaixo ideias do coletivo da igreja.
O que me preocupa hoje é a adequação desses “métodos” por correntes do cristianismo protestante que não admitem, mas sim, usam da obscuridade e do obscurantismo para manter o controle do pensamento e da livre expressão do mesmo. Também não sou contra dogmas das igrejas protestantes, acredito sim que os valores que a igreja prega é de fato um melhoramento moral da sociedade.
A igreja não erra em doutrinar seus fies seguindo seu livro sagrado, ela erra ao apresentar somente um lado da história, isso é obscurantismo. Toda história tem dois lados, quando você apresenta apenas um que geralmente é o que você considera certo e condena o outro lado, você está ferindo o direto democrático do ouvinte, que ao ouvir apenas o seu lado, é óbvio vai seguir ele, afinal é o único que ele sabe.
Não há espaço para o debate na igreja em que os pontos de vista podem ser confrontados de uma maneira racional. Fiquei realmente perplexo quando uma vez uma pessoa me disse que se você ensina num ambiente religioso, você tem que falar apenas de teologia, e dizer que o certo é o que diz a bíblia, você não pode expor outras ideias e deixar que as opiniões individuais se formem sem influências, apesar do ambiente “igreja” já ser uma influência.
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