A interrupção da gravidez não é Planejamento Familiar. É falta ou falha do planejamento. É uma questão muito difícil, pois envolve aspectos religiosos e filosóficos que devemos respeitar. Não estimulo a prática do aborto, pois ele é sempre traumático para a mulher que
se vê obrigada a praticá-lo e traumático também para seu companheiro se
a ama de verdade. Porém nós não podemos ignorar esta realidade de sofrimento de
muitas mulheres que por algum motivo muito forte recorrem a ele a cada ano. Não
concordo em criminalizá-las. Por isto apoio a legalização do procedimento,
estabelecendo regras e limites de idade gestacional numa lei,
mas que permita à mulher e seu companheiro seguirem este caminho com segurança.
Profissionais de saúde e instituições podem, por razões filosóficas e
religiosas, se abster de oferecer o serviço, desde que previamente comunicado à
autoridade sanitária local. A proposta para reduzir ao máximo o número de abortos é a oferta
ampla do planejamento familiar, a educação sexual nas escolas e o fortalecimento das ligações familiares a cargo de cada um dos cidadãos no âmbito de
suas famílias.
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