quinta-feira, 6 de novembro de 2014

X-MEN E A HOMOSSEXUALIDADE

Outra metáfora aos ‪‎direitos civis relacionados aos ‪X-Men diz respeito aos direitos dos homossexuais. Foram feitas comparações com a situação mutante (incluindo a ‪descoberta de seus poderes e a ‪idade em que eles aparecem), e a homossexualidade. Isso foi demonstrado em uma cena do segundo filme dos X-Men, do diretor assumidamente homossexual ‪Bryan Singer, em que ‪‎Bobby Drake (Homem de Gelo) revela a seus pais ser mutante. Além disso, o primeiro filme mostra uma cena em que o senador ‪Robert Kelly diz que os mutantes devem ser ‪proibidos de lecionar para crianças em escolas.

A história em ‪‎quadrinhos ainda se envolveu, no início dos anos 1980, com a epidemia de ‪‎AIDS, com uma longa subtrama sobre o ‪‎Vírus Legado, uma doença aparentemente incurável que, a princípio, só afetava mutantes.

E temos também os casos de ‪‎Estrela Polar que é homossexual assumido e ‪‎Mística que é ‪‎bissexual. Sem contar com a relação de ‪‎Hulkling com ‪‎Wiccano e do também assumido Anole.

Kyle Janadu e Estrela Polar

Wiccano e Hulkling
Mística


Anole
Recentemente foi lançado também o primeiro ‪‎casamento gay da ‪Marvel entre Estrela Polar(citado acima) e Kyle‪ Jinadu, que há tempos já namoravam. A revista intitula-se "Astonishing X-Men #51".

Capa da revista X-Men nº51 onde narra o casamento de Estrela Polar e Kyle Janadu

Gostaria também de incluir um aspecto dos ‪filmes, mais precisamente o terceiro (X-Men O Confronto Final). O enredo do filme é o seguinte é descoberta ou ‪encontrada uma ‪cura para a mutação e desenvolvimento do ‪gene-x. O ‪governo a princípio dizia que a cura ia ser um processo ‪‎voluntário, mas não foi bem assim. Até o desenvolvimento da cura estava tudo certo, apesar dos aspectos ‪ideológicos que se tinha por traz dela, mas a partir do momento que ela foi posta em ‪‎armas e entregue a soldados aí a coisa muda de figura, a cura foi imposta.

Uma frase marcante do filme é na hora dos protestos de mutantes e simpatizantes onde eles gritam “Não há cura para o que não é doença”.

Todo esse processo nos lembra muito a discussão se homossexualidade teria uma cura física e psicológica, claro que não. Tanto que a terminologia até mudou, pois o termo homossexualISMO – sufixo que remete a doenças foi retirado de todas as literaturas médicas e psicológicas e foi substituído pelo termo homossexualiDADE – que remete a modo de ser.

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